O futuro já está aqui: como agir e se preparar para os efeitos da Reforma Tributária

O futuro já está aqui: como agir e se preparar para os efeitos da Reforma Tributária


A Reforma Tributária está se aproximando rapidamente, e o momento de se preparar para as transformações iminentes já chegou. A extinção do PIS e COFINS, programada para janeiro de 2027, pode parecer distante, mas a realidade é que o tempo passa rápido. Muitas empresas já estão tomando medidas para garantir uma transição tranquila, sem imprevistos. Vou compartilhar um pouco sobre o que as maiores empresas estão fazendo, que estão extremamente preocupadas e engajadas em se adaptar às exigências trazidas pela Reforma Tributária.

O maior impacto da reforma será no fluxo de caixa das empresas. Por isso, é essencial que se preparem com antecedência, revisando o capital de giro e tudo que o envolve, visando obter crédito com os menores custos possíveis. As mudanças nos tributos afetarão a composição de preços de compras, exigindo maior desembolso de caixa. Antecipar essas necessidades e planejar de forma estratégica pode prevenir surpresas desagradáveis. Além disso, é recomendável buscar novas opções de crédito, ajustar as reservas financeiras e reconsiderar o ciclo de conversão de caixa, ampliando os prazos de pagamento aos fornecedores e reduzindo os prazos de recebimento dos clientes.

Outro aspecto crucial da reforma é ajudar seus fornecedores a se prepararem adequadamente. Empresas no Simples Nacional ou MEIs não gerarão créditos de IBS e CBS, o que pode exigir que eles adotem novas práticas de gestão, implementem sistemas ERP e mantenham sua contabilidade em dia. A falta de organização nesse sentido pode trazer prejuízos para todos os envolvidos. O primeiro passo é revisar os cadastros e criar processos para mantê-los atualizados, facilitando a comunicação com os fornecedores, algo que pode ser feito por meio de um Portal do Fornecedor bem estruturado.

A revisão e renegociação de contratos também serão etapas fundamentais. Contratos de longo prazo, em especial, sentirão os impactos da reforma. Atualizar os termos para refletir a nova realidade tributária é importante e pode ser visto como uma oportunidade para fortalecer relacionamentos comerciais e ajustar preços de forma estratégica.

Além disso, os sistemas de controle financeiro terão de ser ajustados para lidar com a introdução do split payment. As empresas precisarão adaptar seus mecanismos de contabilização e conciliação de caixa e competência. Embora pareça complexo, com a preparação adequada, esses processos podem se tornar mais eficientes e transparentes, representando uma oportunidade de modernizar as operações financeiras.

A adaptação dos preços de venda também será desafiadora. As equipes comerciais precisarão estar preparadas para explicar as mudanças aos clientes e ajustar as estratégias de venda conforme necessário. Treinamentos e workshops internos podem ser úteis para alinhar todos os colaboradores às novas exigências.

Com a Reforma Tributária prevista para entrar em vigor em janeiro de 2027, o tempo para se preparar é curto. Aproveitar esse momento para revisar processos, fortalecer relacionamentos e inovar nas operações é fundamental. A adaptação às novas regras, agora previstas na Constituição Federal com a Emenda Constitucional 132/2023, é inevitável, e a certeza jurídica que isso traz é uma vantagem importante para o planejamento das empresas.

Órgãos como o SERPRO e o BACEN já estão trabalhando para garantir que as novas obrigações acessórias e sistemas de pagamento estejam prontos dentro do cronograma. Isso reforça a seriedade e a inevitabilidade dessas mudanças.

Ignorar a necessidade de adaptação pode ser um erro custoso. Quem não se preparar desde já pode enfrentar dificuldades consideráveis quando as novas regras entrarem em vigor. Essa é a maior transformação do sistema tributário brasileiro em décadas, e as empresas que se adaptarem com antecedência estarão melhor posicionadas para enfrentar o futuro com segurança.

Algumas empresas ainda esperam a definição das alíquotas para começar os preparativos, mas simulações com diferentes cenários já permitem que se entenda o impacto e se planeje de forma adequada. Mesmo que algumas regulamentações complementares ainda estejam pendentes, o prazo constitucional não será alterado. Isso significa que, quanto mais tarde as regulamentações forem definidas, menos tempo as empresas terão para se ajustar.

A recomendação é clara: começar agora com o que já se sabe. Revisar fornecedores, contratos, sistemas de controle e preparar as equipes são passos que podem ser tomados imediatamente. Agir antecipadamente proporcionará uma vantagem competitiva e ajudará a mitigar os riscos de adaptação de última hora.

Para se preparar e sair na frente, entre em contato com nossos especialistas e descubra como podemos ajudar.

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